coisas do gomes
Este é o blogue do Nuno Gomes, mau futebolista mas incrível jogador de campo minado. Se não quiseres comentar publicamente, não hesites em escrever para aulasdeviolino@lsi.pt. Para consultas urgentes, contactem-me no messenger com aulasdeviolino@hotmail.com. Os meus livros para troca.
quinta-feira, dezembro 30, 2004
 
INSTANTÂNEOS
merda de Natal

-Que natalício, uma carroça com sinos, tlim tlim, plim tlim plim. Mas a rua fica a cheirar a merda de cavalo.

-Nuno, Nuno, onde está o teu espírito natalício?

-Espírito natalício? O Natal foi na semana passada!



 
OBRIGAÇÕES
David Shrigley

Isto é divertido.



terça-feira, dezembro 28, 2004
 
OCORRÊNCIAS
Isabel Coelho dos Santos

Hoje foi dia de apresentação de livro no Porto. Lamento, mas não consigo escrever muito agora. Só sei que

junto às mãos todos os rios, é imparável
a força das correntes, a manhã
infiltrando-se pura nos abismos

dizer-te: é desta matéria
o tempo mais puro



domingo, dezembro 26, 2004
 
CONCORRÊNCIA
a Norte do Minho

Nem ia escrever sobre o blogue dela, acabei de o descobrir, ia talvez apenas juntá-la aos maus favoritos, mas depois decidi ir espreitar o flogue e decidi referi-la. Hão-de reparar que ela descreve o sítio onde mora como Ogrobe, URSS (URSS significando 'não Espanha'). E os outros flogueiros de Ogrobe dizem que são de Portugal! Cada vez gosto mais destes galegos, digo, destes portugueses do Norte.



sábado, dezembro 25, 2004
 
INSTANTÂNEOS
ai

A menina dos Gemidos bloqueou os meus comentários. Se eu fosse uma pessoa vingativa, tiraria-a dos meus favoritos. Mas eu não sou assim.



 
INSTANTÂNEOS
hoje houve festa

Dia estranho hoje, mas ainda assim curioso. Foi festa valente, com bacalhau e muitos bolos, vinho e alegria. Pelo que pude depreender das conversas cruzadas, era uma festa de aniversário. Mas o gajo não apareceu, o que acho duma extrema indelicadeza. Todos tinham prendas para o aniversariante, mas na sua ausência acabaram por trocar as prendas entre si - acto sábio, pois assim ficaram todos contentes. Reparei que todas as casas por onde passamos tinham decorações semelhantes. Aparentemente o aniversariante tem muitos amigos, tantos que não pode ir a todas as festas. Aposto que as pessoas já compram a prenda pensando na pessoa para quem ela irá, e não para o aniversariante, que nunca aparece. Também me disseram que já fazem esta festa há muito tempo, apesar do gajo nunca aparecer. Espero que isto não seja só na Póvoa, senão é uma chatice.



sexta-feira, dezembro 24, 2004
 
INSTANTÂNEOS
no Natal

A vida de adulto não é nada do que esperava. Os compromissos sucedem-se. A minha vida, sem o meu consentimento, quer-se moldar à vida dos outros. Envolvo-me em embróglios idiotas em que perco massa cinzenta e ganho chatices, e devagar, devagarinho, começo a perder o controle do meu futuro. Todos pensam, 'não, a partir de agora vai ser diferente, ninguém vai jogar com o meu destino.' As coisas não melhoram até que façamos por isso. E mesmo que aconteça, que tentemos levar uma vida mais simples, longe das confusões, e mesmo quando a vida nos parece acenar e brilhar, as coisas más podem sempre surgir.

Tive uma semana boa. Não, uma semana óptima. Boas notícias sucederam-se, o trabalho avançou bem. Envolto de amigos. Quando, no futuro, revisitar esta semana, vais ser decerto com nostalgia. Mas hoje surgiu uma notícia má. Sim, na véspera de Natal. Fiquei chateado quando a recebi, não posso negá-lo. Muito chateado. As coisas não correram como tinha previsto. Mas não posso ficar encabulado e enfiar-me na toca. A vida nunca terá muitos períodos sem notícias más. Tenho de conseguir sobreviver a eles, assim como tenho de conseguir ultrapassar os momentos bons sem deslumbramento.



 
INSTANTÂNEOS
CP!!!!!!

Hoje andei a 197 km/h no Alfa Pendular. E ainda não recuperei. Com comboios daqueles quem precisa de mais?



segunda-feira, dezembro 20, 2004
 
INSTANTÂNEOS
fell in love with a girl

Conheci uma menina mas tenho medo de avançar. Medo de quê, afinal? Eu, um condutor tão destemido? Alguém que tem coragem de enfrentar as estradas portuguesas, está hesitante frente a uma paixão? O que se passa comigo? Porque as mulheres nos deixam assim?



 
OBRIGAÇÕES
Vitoria Carmo

Este é o melhor flogue que conheço. As cores são lindíssimas e as fotos a pb são impressionantes.



 
INSTANTÂNEOS
quim

Decidi agora, vou cruzar o país de comboio. Será um pouco como ter ido a Macau antes de passar para a China, qualquer dia os nossos comboios acabam também. Esperemos que não.



 
GOZO
PNR

Não é tão cómico como a página do KKK, mas dá para uma ou duas boas gargalhadas. Sempre é melhor rir que chorar.



domingo, dezembro 19, 2004
 
GAMANÇOS
na Galiza fala-se galego-português, e não castelhano

(moderador de conferência) Estou sim? Está-me a ouvir?
(doutora galega, em audio-conferência) ...
(moderador de conferência) Consegue-me ouvir? Estou?
(doutora galega, em audio-conferência) Oiga?
(moderador de conferência) Estamos a ouvi-la, pode falar!
(doutora galega, em audio-conferência) Como? Sim? Alô?
(moderador de conferência) Sim! Pode começar.
(doutora galega, em audio-conferência) Oiga? ...

e, finalmente, o som chega à Galiza:

(técnico de som) Doctora, puede usted hablar. Estamos todos escuchando.
(doutora galega, em audio-conferência) Obrigado. Queria cumprimentar todos os presentes e agradecer...



 
OBSESSÕES
Álvaro Domingues

Espero que o nome vos seja familiar, senão eu explico, não há problema. Eu não gosto de criar problemas, principalmente aos meus leitores. Gosto muito de vocês, de todos vocês, mesmo aquele grupo de surdos da Lourinhã que me lê sempre. Obrigado pelo apoio, ouviram?

Voltemos ao Álvaro Domingues, AD. Em termos 'profissionais' ele é geográfo a puxar para o urbanista, cínico e pessimista, dá aulas na FAUP e é do Porto. Já estive em várias conferências em que ele participava. É sempre cáustico o suficiente, e critica todas as instituições que existem em Portugal (estas pessoas, os cínicos profissionais, são também necessários. Irritam todagente, mas fazem-nos despertar de certas ilusões que possamos ter. Outro exemplo de cínico profissional é o Vasco Pulido Valente). Quando li uma longa entrevista ao AD, ele criticava o Metro do Porto. Não a ideia que lhe deu vida, mas a forma politizada como tem sido conduzido parte do processo. Para chegarmos a esta conclusão o génio é dispensável, basta ler os jornais. É óbvio que o Rui Rio (quem manda na Metro do Porto neste momento) quer fazer o metro na Avenida da Boavista antes das eleições apenas para ganhar votos, apesar de este percurso nem estar nos planos da Metro do Porto.

AD não fica por aqui, refere também o exagero do aproveitamento das linhas da CP existentes. Desde o princípio considerei esta política da Metro do Porto como razoável; aproveitando os canais existentes poderia-se melhorar imenso os custos de empreitada. Mas esta política teve alguns precalços que lhe retiravam, à partida, a sua validade. Já há alguns anos que a linha da Póvoa não funciona, por o seu traçado estar a ser reabilitado e alargado para o metro, mas houve pelo menos dois anos em que já não havia comboio e as obras do metro ainda não tinham arrancado. Ou seja, já há varios anos que os cidadãos da Póvoa e Vila do Conde não têm comboio, e em pelo menos dois desses anos esta paragem não era necessária. A utilização do canal ferroviário anterior é também dúbia. Não há qualquer certeza que as zonas que ele serve são as mais populosas, nem existem considerações urbanísticas nesta reutilização, pois, salvo raras excepções, o traçado é o mesmo. É óbvio que o traçado do comboio não foi feito seguindo qualquer plano urbanístico, pois era um serviço de ligação entre cidades, e não um meio de integração urbana. Existe também a questão da 'facilidade' em renovar a linha existente que passa a ser dupla. É toda alargada, havendo centenas de terrenos que têm de ser expropriados, muita da linha é enterrada, os muros de sustentação têm todos de ser refeitos, etc. Fazendo as contas, uma linha nova não era tão mal. E evitavam-se os constrangimentos aos utentes da linha da Póvoa, que era das mais lucrativas do país. O canal ferroviário poderia ser reutilizado para outras coisas, como ciclovias.

Mas assumindo-se esta solução da Metro do Porto, consegue-se perceber outras das opções. O veículo utilizado é óptimo para o conceito elaborado, o de um metro multi-funções. Anda à superfície e sob esta, consegue incorporar-se em meios urbanos sem grande dificuldade (como é o caso de Matosinhos, onde é um autêntico eléctrico). Apesar de não ser um veículo muito veloz, consegue cumprir. O facto de ser multi-funções permite-lhe ser um modelo único para todas as situações, o que permite uma poupança enorme. Mas isto apenas funcionará se for devidamente complementado pelo veículo suburbano que fará as ligações directas na linha da Póvoa. Este veículo permitirá fazer a viagem da Póvoa ao centro do Porto em meia hora, um tempo bastante razoável (o anterior comboio fazia as ligações Póvoa-Porto em 55 minutos, mas o metro normal demorará mais de uma hora). Foi veiculado na comunicação social que haverá a cada meia-hora uma ligação normal e meia-hora depois uma directa. Este seria um cenário agradável, mas parece-me mais desinformção que outra coisa. Antigamente, quando os horários dos comboios eram mais simples mas menos realistas, isto poderia fazer sentido. Vejamos o exemplo do horário dos transportes alternativos, no qual muito provavelmente se irão basear os horários do metro. Existem ligações directas apenas nas horas de ponta, o que faria sentido se houvessem outras ligações directas espalhadas pelo horário. O que existem são as ligações semi-directas, que fazem o percurso até ao Porto também pela auto-estrada, mas apenas depois de Vila do Conde. Acaba por ser também uma ligação rápida, que será proporcionalmente ainda mais rápida quando for processada pelo metro. Isto porque a parte do percurso pela nacional atrasa-se um pouco por causa do trânsito. Mas mesmo que haja uma transposição directa do horário dos autocarros para o do metro, existem ainda largos períodos do dia sem ligações directas (vindo do Porto, entre as 9:28 e as 16:55, as ligações são todas normais). Esperemos que, segundo o prometido, haja uma reformulação dos horários aquando da abertura do metro até Pedras Rubras.

Acabei por falar pouco do Álvaro Domingues. Ia-me esquecendo de dizer que ele é dos melhores cronistas que a nossa imprensa tem. Talvez mesmo o mais imaginativo, e certamente o mais 'escritor'. E era isso. Bom Domingo.



sábado, dezembro 18, 2004
 
RECORRÊNCIAS
livros, cds e filmes

Há três coisas que dominam a minha vida e constituem o meu adubo cultural. A música, os livros e os filmes. Três essencialidades bem importantes para mim, mas que são bem diferentes. Um livro, que não de banda-desenhada, lê-se uma vez e prontos. Os filmes vêm-se uma, duas, dez vezes. As músicas ouvem-se até a aparelhagem se partir.



 
INSTANTÂNEOS
xonax

Tenho preguiça de ir dormir. Haverá limites para a preguiça?



 
INSTANTÂNEOS
fim

Acabei hoje o último trabalho, exactamente no dia em que acaba o estágio. É obra.



terça-feira, dezembro 14, 2004
 
RECORRÊNCIAS
as gajas boas e as gajas boas

Por vezes sou mais ambíguo do que alguma vez pensei. Digo que consigo discernir o que gosto do que acho bom, e que sei que muitas coisas são boas apesar de não gostar delas. Pode ser apenas influência dos críticos, nem sei. Mas nenhuma destas questões é cristalina.

Gosto da Norah Jones porque ela é linda; o mesmo não posso dizer da sua música. E sempre que ouço a Maria Rita imagino o que seria ela a sussurrar-me agora só falta você...



segunda-feira, dezembro 13, 2004
 
FRASES FEITAS
o mundo ao contrário

Somos simpáticos para quem acabamos de conhecer, mas vilipendiamos quem amamos mais.



sexta-feira, dezembro 10, 2004
 
CONCORRÊNCIA
mágoa

Tenho ganho recentemente a vontade de ter um amigo galego, assim como ganhei a vontade de ter amigos japoneses desde que me interessei pelo Japão. Ele escreve os textos que eu queria escrever mas nem sempre consigo, num galego-português que adoro. Espero que leias isto, era óptimo se entrássemos em contacto.



 
AMIGOS
comboiadas

Sim, ele é meu amigo, mas anónimo. A ideia é bestial. Com coisas novas uma vez por semana.



terça-feira, dezembro 07, 2004
 
RECORRÊNCIAS
textos

Estou a meio de quatro textos. O primeiro é um romance que já comecei a escrever mas sem enredo definido ainda. Outro, que passou de conto a novela e por fim a romance, está já bastante estudado mas ainda não o comecei. Outro é um projecto de banda-desenhada que não saiu da cepa torta. E o outro é um conto que tem andado a bom ritmo, que é basicamente auto-biográfico mas com nomes e pormenores diferentes.

Conclusão: sou óptimo a começar textos, mas terrível a acabá-los.



 
INSTANTÂNEOS
natal (2)

Acabei as árvores. E não levam estrela.



segunda-feira, dezembro 06, 2004
 
INSTANTÂNEOS
natal

Hoje fiz árvore e meia. Amanhã acabo.



 
INSTANTÂNEOS
sem corpo

Tou sem bateria no corpo, os meus níveis de glícidos estão em -624646464 milhões e tenho saudade da cama. Há dias terríveis, mas hoje acordei às seis.



quarta-feira, dezembro 01, 2004
 
INSTANTÂNEOS
Kafka e os suburbanos da CP

Certamente já ouviram falar de Franz Kafka, insano escritor checo da primeira metade do século passado, e das decorrentes situações kafkianas, que farão lembrar de alguma maneira os seus textos. Cenários de grande confusão, burocracias intermináveis e inexplicáveis, personagens distorcidas. Não percebo como é que Kafka, que certamente nunca usou os comboios da CP, conseguiu imaginar tais situações.

Senão vejamos. O presente sou eu no suburbano a caminho do Pocinho, o passado foram dois dias em Guimarães. Como hoje queria ir para o Pocinho, tive ontem o cuidado de consultar os horários. O cenário era aterrador. Todos os suburbanos da CP chegavam a Ermesinde à mesma hora em que partiam os interregionais para o Pocinho. A única alternativa seria apanhar o suburbano das 18:01, que chega a Ermesinde às 18:58, para depois tomar o intercidades das 19:07. Para vos ambientar nesta situação vou-vos contar a história da semana passada, quando tentei o mesmo percurso. O suburbano partia de Guimarães às 18:01, por isso cheguei um pouco antes, às 17:48. A bilheteira, aparentemente, tinha acabado de fechar às 17:45. 'Isto mostra', pensava eu, 'a ideia portuguesa de zelo. Abrir tarde mas fechar a horas.' Não será louvável, mas é certamente apreciável. Como assim perdi a possibilidade de comprar um bilhete único para o Pocinho, acabei por ter de comprar um bilhete de suburbano para Ermesinde, e nos nove minutos disponíveis comprar um bilhete para o Pocinho. Acabou por resultar, apesar de ter ficado a cheirar a trolha. Hoje vou ter de fazer a mesma correria, apesar de ter chegado a horas à bilheteira da Estação de Guimarães. Surpresos? Ainda não viram nada.

Rigoroso como costumo ser com os horários, cheguei à Estação às 17:30. Não haveria problema, a bilheteira só fechava às 17:45. Estava fechada. No bar informaram-me que a bilheteira tinha estado aberta durante o dia. Raiva. O senhor continuou: que a bilheteira só vendia bilhetes de suburbanos, e para comprar bilhetes do intercidades teria de usar a máquina lá fora. A idiotice adensa-se. No cais existem três máquinas. Um multibanco, uma máquina para os bilhetes dos suburbanos e a outra máquina. Uma normal máquina de bilhetes de longo curso, que só vende bilhetes para... o único comboio intercidades diário que sai de Guimarães. Qualquer outro itinerário não existe na máquina. Basicamente uma máquina cheia de opções (regionais, interregionais, intercidades, pendular), com uma lista de todas as estações em Portugal, que só vende bilhetes para um percurso com apenas uma ligação diária. Não consigo imaginar pior ligação de trenguices na mesma empresa. O que é a CP? O que fizemos para merecer uma empresa tão má?

P.S. Uma versão mais sucinta deste texto vai direitinha para a caixa de correio da CP. Há que tentar melhorar.




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09.03
10.03
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12.03
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02.04
03.04
04.04
05.04
06.04
07.04
08.04
09.04
10.04
11.04
12.04
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02.05
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04.05
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