coisas do gomes
Este é o blogue do Nuno Gomes, mau futebolista mas incrível jogador de campo minado. Se não quiseres comentar publicamente, não hesites em escrever para aulasdeviolino@lsi.pt. Para consultas urgentes, contactem-me no messenger com aulasdeviolino@hotmail.com. Os meus livros para troca.
segunda-feira, maio 31, 2004
 
INSTANTÂNEOS
pelos montes

Hoje andamos pelas fragas à procura de gravuras. Rara vez vi tamanha beleza como hoje. Mas os sítios mais bonitos são sempre onde não há pessoas. Porque temos de destruir tudo?



 
OCORRÊNCIAS
máquina digital

No outro dia decidi, tinha de comprar uma máquina digital. O mundo já não pode passar sem as minhas fotos e vídeos. Decidi, então, salvaguardar a saúde mental de todos e pôr mãos à obra. Visitei os sítios do costume, nomatica, pixmania, mas a máquina que queria, uma fuji, (m-603, vejam aqui em foto/digital/fujifilm) ou não havia ou era muito cara. Seguindo uma dica da minha "german connection" descobri esta página. Os preços são metade dos praticados pelas outras páginas. Assim sim...



 
OCORRÊNCIAS
Guarda

Ontem fui de visita à Guarda, aparentemente a cidade mais alta de Portugal. O que se ganha com isto? Aparentemente nada, apenas ouvidos entopidos quando se chega à Torre de Menagem. De resto, é a típica cidade portuguesa, o que não é, obviamente, uma coisa boa. O centro histórico, cheio de potencialidades, está a apodrecer. E pouca gente mora lá. Os subúrbios não têm qualquer encanto. É, aliás, difícil encontrar uma cidade portuguesa com zonas fora do centro que evite o estigma de subúrbio. Prédios de habitação sem carácter, ruas intermináveis e sem desenho, isoladas do resto da cidade por vias rápidas, rotundas, centros comerciais e bombas de gasolina. A diferença da Guarda para as outras cidades é a natureza. O parque da Serra da Estrela vem quase até aos limites da cidade, de dentro dela pode-se ver, bem próximo, montes desocupados e aparentemente virgens. São montes ardidos, e, por isso, nada puros. Nem tudo o que aparenta é virgem, e nem tudo o que é belo é bom.



sexta-feira, maio 28, 2004
 
LEITURAS
sobre Colmena (2)

As personagens vão surgindo, são de toda a Espanha. Num diálogo entre dois galegos, que falavam castelhano entre si, o autor parece retratar-se, e mostra remorsos por ser um castelhanófono.

A luta das classes, como agora, existia então. E o Don e o Señor. E todos os preconceitos inerentes. Os filmes eram uma desculpa para o marmelanço. O sexo era apenas pós-casamento. E a miséria era uma constante.

Algumas coisas mudaram, e ainda bem. Mas nem todas.



quinta-feira, maio 27, 2004
 
IMPERDÍVEIS
desenrascanço

Leiam tabém os comentários.



quarta-feira, maio 26, 2004
 
INSTANTÂNEOS
Porto

Aliados, cá vou eu!!!!



 
OCORRÊNCIAS
Clã

A última vez que estive em Lisboa ouvi apenas Clã no fones. Ah, doce ironia...



 
OCORRÊNCIAS
ciclando pelas vias

Hoje, marcado no calendário, tinha "Dia de Boa Acção Cívica" (ok, é mentira, mas assim foi). Decidi correr os serviços da Câmara da Póvoa e, como bom agente MARI, fazer todos os possíveis para conseguir os meus intentos. Ciclovias, ciclovias, ciclovias, ciclovias, ciclovias, ciclovias, ciclovias, ciclovias, foi o que matraqueei aos ouvidos de três responsáveis de obras municipais. O primeiro foi o mais solidário e conversador; parecia mesmo uma pessoa que também gostaria de ir de bicicleta para o emprego. Um amigão. E parecia boa pessoa, apesar de engenheiro. O segundo era arquitecto. 'Agora sim, vou poder falar tu cá tu lá, usar calão de obra, etc' pensava eu. Pensava, pois. Pensei mal. Era o típico arquitecto 'atípico' que se limitou a mostrar-me onde, no Plano de Urbanização, estavam previstas ciclovias. Muito útil, mas em modo automático. Acho que se lhe perguntasse onde eram as casas de banho ele respondia-me da mesma maneira. O último, arquitecto responsável pelo Plano de Urbanização, falou-me pelo telefone. A conclusão da conversa foi ‘Se quer falar comigo em termos pessoais, é uma coisa, mas em termos profissionais é tudo o que lhe tenho a dizer’. Quando se acabam os argumentos, acabam-se as conversas.

Ainda assim cheguei a algumas conclusões. Já sabia que na Póvoa não há uma utilização generalizada da bicicleta nas deslocações casa-trabalho. Porque não há condições mas, principalmente, porque também aqui o carro é rei. A única forma de haver uma reviravolta tem de vir duma mudança de mentalidades. Quem não usa a bicicleta nas deslocações diárias também não utiliza transportes colectivos. Só quando se usarem ambos se retira o automóvel das ruas. Se não houver uma política de fomento de ambos, isso não acontece. Parece já haver um indício em relação aos transportes colectivos, com a criação das Autoridades Metropolitanas de Transportes (ou qualquer coisa semelhante), que permitem a coordenação entre municípios e promover o uso dos comboios, autocarros, metro, etc. Em relação às bicicletas não há nada. Nunca poderia haver uma política nacional, teria de ser pensada apenas para as zonas mais planas, como é o caso do litoral. Mas sem vontade do governo não há acção.

Também aprendi hoje que a Câmara da Póvoa é, apesar de tudo, um bom exemplo no que concerne a Gestão Urbanística. Estão previstas ciclovias (ainda que só numa perspectiva de lazer), e estão mesmo a ser construídas. A verdade é que, enquanto não formos como a Holanda, não haverá investimento maciço em ciclovias. Elas não podem ser construídas por todo o lado sem que seja assegurada a sua utilização. Assim sendo, a construção das ciclovias para lazer parece-me um bom início. Para mais tarde se fazer mais.

Fui ver a tal ciclovia em construção, entre o Parque da Cidade e o mar. Está previsto no Plano de Urbanização um corredor verde, com circulação pedonal e de bicicletas. Esta zona está a ser urbanizada, e o técnico da câmara (o mais simpático, o engenheiro) disse-me que eles tinham avisado o construtor para prever a ciclovia. Como eu não me acreditava, fui lá ver. Bem, sempre é verdade. O que está previsto nos planos é cumprido, cá na Póvoa. Estou orgulhoso! É uma ciclovia que começa num tabique duma obra e acaba num muro duma casa! Devagar devagarinho…



terça-feira, maio 25, 2004
 
IMPERDÍVEIS
mari

Acabei de criar um novo blogue, partilhado com o meu grupo de amigos, arquitectos e ganda malucos, o mari. Visitem e comentem!



 
GAMANÇOS
tisharte de cinquentão de bigodão

Ultra Dynamic Style - Love Boy 82



segunda-feira, maio 24, 2004
 
INSTANTÂNEOS
fds

Ui, tanto tempo sem blogar faz-me perder a facilidade de escrever. Ou de começar, pelo menos. Ou será do tempo. Tantas coisas para partilhar, nem sei por onde começar. Mas uma coisa é certa: tenho de parar de trabalhar por um tempo, vou escrever um livro. Não interessa o título, não interessa a qualidade, a temática ou história muito intricada. Escrever uma coisa má, para ver. Mas não trabalhar durante esse tempo, não dá para fazer as duas coisas.



domingo, maio 23, 2004
 
INSTANTÂNEOS
de volta

Depois de trabalhar que nem um boi (ou qualquer outro tipo de bovino, sei lá, que nem um gnu), vou estar por cá durante a próxima semana. Contem com episódios picantes e declarações chocantes!



segunda-feira, maio 17, 2004
 
LEITURAS
sobre Colmena (1)

Como aviso prévio, escrevo estes comentários sem quaisquer pretensões de conhecedor. Nem desejo escrever aqui algo de académico (nem conseguiria, mesmo tentando). Fiz apenas alguns apontamentos do livro Colmena de Camilo José Cela (Nobel em 1989), e vou partilhá-los com vocês. Porque vocês são fixes.

O livro posiciona-se na Madrid da Segunda Guerra Mundial, mas não vive a guerra directamente, mas através das notícias. Franco já teria instalado o poder absolutista, mas a ditadura está quase ausente do discurso (por alguma razão José Cela era considerado um apoiante do regime). Aparecem apenas apontamentos da recém-criada ditadura, como os filmes censurados, fuzilamentos, o medo da polícia, o serviço militar aterrorizante.

Um dos aspectos que mais me fascinou foi as diferenças com hoje em dia. Porque, em sessenta anos, o Mundo deu uma volta. Rodopiou umas vezes mais do que costume. As mulheres, então, não trabalhavam. Ou trabalhavam em empregos idiotas como mulher-a-dias ou a servir em cafés. Hoje podemos ‘vangloriarmo-nos’ de termos uma sociedade em que a mulher é livre de seguir a sua predestinação. Bem, pelo menos em teoria. Continuando. Os carros ainda não eram de uso comum (felizmente), usava-se o eléctrico e o metro. E os pés. A saúde era uma questão diferente na altura. Hoje em dia assume-se que toda a gente é saudável, até que se diga o contrário. Naquela altura ser tísico era sinal de doença (agora é sinónimo de beleza) e a tuberculose era o equivalente da Sida.

Camilo José Cela, nascido perto de Padron, na Galiza, escrevia em castelhano. Isto é, para mim, uma grande confusão. É como um português escrever em francês. Esta é apenas a minha opinião, mas Cela parecia partilhar das minhas dúvidas. Madrid era, naquela altura um melting pot das várias regiões ibéricas (mas será que alguma vez o deixou de ser?). As personagens vão surgindo, são de toda a Espanha,


Este texto fica a meio –stop- Não tenho condições anímicas para o continuar –stop- Espero voltar a ele rápido –stop-
Colmena



domingo, maio 16, 2004
 
INSTANTÂNEOS
o estado do Nunão

O Jorge (amigão, e papá babado aos fins-de-semana) tem-me perguntado, repetidas vezes, como arranjo eu tempo para o blogue. Não é bem uma pergunta, será algo como um desabafo. Ele também gosta de escrever, também gostaria certamente de ter um blogue. A vontade de comunicar é-nos inata, não há nada a fazer. Todos temos algo para dizer, achamos sempre que a nossa voz, original e ousada, vai fazer parar o Mundo e tornar-nos imortais.

Este blogue tem-me trazido muitos sorrisos, não sorrisos amarelos mas de satisfação. Poucas caras feias até agora. Mas consome muito tempo. É como uma relação: se queremos que resulte, temos de investir tempo nela. Senão desvanece-se. Esfuma-se.

As últimas semanas têm sido num ritmo semi-profissional, rapidamente acelerando para o profissional. Claro que não gosto, não tenho tempo para fazer as minhas leituras e escrever quando quero, mas tenho de ganhar a vida. Algum dia tinha de começar. O blogue já se ressentiu, agora apenas comunico provocações e anotações rápidas. Só me restam os fins-de-semana, invariavelmente ocupados com coisas combinadas ou arrumações várias. Este fim-de-semana foi um jantar na sexta (do meu futuro grupo de arquitectura), ontem pouco fiz, hoje cortei a relva, fiz uns recados e gravei minidiscs. Talvez o blogue assuma agora o papel que sempre deveria ter tido, ou seja, secundário.

Jorge, já percebeste onde quero chegar. Não há tempo para blogues, não és só tu!



sábado, maio 15, 2004
 
GAMANÇOS
Godard

"Há que ser violentamente parcial."



 
FRASES FEITAS
nassom

Norte e Galiza a Nação!



 
GAMANÇOS
grafitos (5) (no Porto)

Galiza Lusófona!



 
FRASES FEITAS
sonhos

Só quem não dorme não sonha.



terça-feira, maio 11, 2004
 
FRASES FEITAS
Papa

Pinto da Costa a Presidente da República do Norte!



domingo, maio 09, 2004
 
GAMANÇOS
bimaranenses

Guimarães é que é Portugal, o resto são conquistas!



 
FRASES FEITAS
mouraria

No Norte fala-se português, no Sul fala-se lisboeta!



 
FRASES FEITAS
padreco

Viva o Padre Teotónio!



 
FRASES FEITAS
lusito

Compre dois galos de Barcelos e pague um!



 
FRASES FEITAS
Abril

Cantores de Intervenção? Arquitectura de Intervenção!



 
INSTANTÂNEOS
na Ordem (07/05/04)

Paguei um café. Aqui era de graça. Comprei o Público. Aqui era de graça. Comprei um livro por 20 euros. Aqui custava 18.

Raisparta a Ordem!



 
RABO QUADRADO
Pampilhosa (06/05/04)

Antes de chegar à Pampilhosa, mesmo antes da estação, surge a "Cerâmica da Pampilhosa". Poucas vezes me deslumbrei assim com um edifício, um majestoso pavilhão industrial, claramente abandonado. Poucos vidros restam, nalgumas partes o telhado já cedeu, mas a força do conjunto pouco perde com isso.

Tem a incrível característica de se assemelhar a um ser vivo. Nenhum ser vivo apresenta “fachadas” puras, “modernistas”. Um organismo apresenta sempre várias camadas, uma relação harmoniosa de várias superfícies e subsistemas num todo harmonioso e equilibrado.

O material, tijolo-burro, é bastante invulgar em Portugal. Acho que isto justifica parte da surpresa. A grande altura (vários pisos!) da típica nave industrial é atenuada por uma sucessão de tramos horizontais e verticais. Como numa igreja gótica, a fachada lateral permite várias leituras, pois é a intersecção de vários sistemas estruturais.

Depois da estação surgem outros pavilhões abandonados, mas nenhum com a riqueza ou dimensão da “Cerâmica”.



 
RABO QUADRADO
lua (03/05/04)

Vou deixar de ter medo das coisas, elas é que passarão a temer-me. O rebrilho da lua no rio faz-me olhá-la. Ela vai-me vigiar, vai-me obrigar a cumprir a promessa.



 
GAMANÇOS
Camus (03/05/04)

"Perguntou-me depois se eu não gostava de uma mudança de vida. Respondi que nunca se muda de vida, que, em todos os casos, todas as vidas se equivaliam, e que a minha vida, aqui, não me desagradava."



 
RECORRÊNCIAS
bou de quim (03/05/04)

Não quero ir a Lisboa de carro. Começo a imaginar várias voltas ao(s) quarteirão(ões) à procura de estacionamento. A pousada é numa prependicular da Fontes Pereira de Melo, onde se está a fazer o túnel do Marquês. Ou estava, já nem sei. Num artigo numa revista que li no último fim-de-semana, a Clara Ferreira Alves descreve o sítio onde mora, também uma prependicular da FPM , a Rua da Artilharia nº1. * Muito elegantemente, ela descrevia o caos do estacionamento, as multas constantes, o carro bloqueado, as obras do túnel, o lixo acumulado à porta do condomínio privado, as distâncias impossíveis dos transportes públicos. Hum, a Mafalda, em Barcelona, anda todos os dias 20 minutos a pé até à estação e mais 40 minutos no suburbano até à faculdade. O que são “10 minutos até ao metro” ou “autocarros só no Amoreiras”?

Já decidi, vou fazer os impossíveis por ir de comboio. Pelo Porto era impossível, durava umas boas oito horas. Tenho de arranjar boleia até Celorico da Beira, vai ter de ser. Tudo menos levar o carro para Lisboa. Isso é que não.


*Estranha geografia esta, descrever sítios através de termos geométricos ou nomes do passado. Será a perda de indentidade dos lugares (ou não lugares) das cidades? Ou a referência a ela através do que a define, as ruas, e das relações geométricas entre elas?



 
RABO QUADRADO
Ermida (03/05/04)

O Douro aparece, então. Frondoso, opolento, os montes cobertos de pinheiros e eucaliptos, Paramos na Ermida, dá-me vontade de escrever. Reparo nos moínhos de vento ao longe, não tão longe assim, nos montes que só o Jorge sabe o nome. Não, não é o Marão.

O comboio não arranca. É bom, escrevo com mais suavidade e menos solavancos. Um veículo de manutenção parece fazer-nos companhia, ao lado, numa linha não utilizada. O motor do comboio, desligado, permite o piar dos pássaros. Até o Douro ganha outra solenidade assim, neste silêncio chilreado.

Então o comboio ganha vida, outra vez. Depois do túnel está o resto da viagem.



sexta-feira, maio 07, 2004
 
GAMANÇOS
grafitos (4) (em lisboa)

Morre Santanás!



 
FRASES FEITAS
lusobom

Portugal é tão bom que até dói!



 
INSTANTÂNEOS
lx

Estou em Lisboa agora, num escritório sem papel higiénico, com pouco tempo e muita vontade de escrever. Basta ir a uma conferência para nascerem mil planos e vontade de fazer coisas. Estou frenético!



 
FRASES FEITAS
nacional é bom

Portugal é o maior, e Espanha cheira mal!



 
FRASES FEITAS
buço

Glória eterna para o buço lusitano!



quinta-feira, maio 06, 2004
 
LEITURAS
estrangeiro

Vou hoje para Lisboa, e levo na mochila um livro para largar: O Estrangeiro, de Albert Camus. Li-o nos últimos dias para poder largá-lo em Lisboa, onde há muitas hipóteses de ser encontrado. Boa sorte, para quem gostar de ler. Vou largá-lo no metro, ainda não sei quando.



domingo, maio 02, 2004
 
GAMANÇOS
António Damásio

"As pessoas estão sempre a perguntar-me como é que posso ser optimista com o mundo da maneira como está. É muito simples. É que se não se for optimista, o mundo vai ser ainda pior do que é. A única esperança de melhoria é ser optimista, mesmo um pouco à «contre-coeur»."



 
FRASES FEITAS
PC 2

O Paulo Coelho devia morrer com Encefalopatia Espangiforme Bovina.



 
GAMANÇOS
lusídadas?

A verga de Deus é o poder.



 
FRASES FEITAS
PC

Os leitores de Paulo Coelho deveriam morrer de uma morte atroz.



sábado, maio 01, 2004
 
MOCAS
grafitos

Uns dias antes do 25 de Abril ouvi a frase "cantores de intervenção" e isso zuniu de uma forma invulgar na minha cabeça. É bastante recorrente, até. Podem dizer-me algo várias vezes, mas há uma vez em que faz faísca e provoca um real efeito. Outra situação recorrente acontece quando vou a uma conferência de arquitectura, ou mesmo quando via a apresentação dum trabalho de um amigo, e me dava ‘ânsia’ de arquitectura. Punha-me a desenhar, vinham-me ideias novas sobre algum projecto velho, questionava a minha vida e propunha-me a fazer coisas. As ideias surgem nas situações mais invulgares, isso é certo.

A frase “cantores de intervenção” fez-me pensar em “blogue de intervenção”. Um blogue interventivo. Que faça as pessoas pensar. Ninguém lê o coisas, portanto o coisas passa para a parede. O Gomes passa a vândalo, quero escrever nas paredes as minhas verdades!!!

No dia seguinte fui ao Porto, vi grafitos bestiais, como “vota aqui” num caixote do lixo. Cultura urbana no seu melhor, hei-de projectar edifícios com a “área dos grafitos”, paredes brancas (ou não) para a arte urbana crescer sem impedimentos.



 
INSTANTÂNEOS
coração na mão

Sinto sempre que estou apaixonado pelas pessoas erradas. Estou sempre apaixonado, isso é um facto. Como nunca sou correspondido, é natural presumir que escolho mal as pessoas. Normalmente apaixono-me muito rápido, um pequeno contacto basta. E depois fico a ruminar no assunto durante meses enquanto não a vejo. Porque ela está sempre indisponível. Porque as nossas férias não batem certo. Porque ela namora. Porque detesto falar ao telefone. Depois desespero, choro, penso que o problema está em mim. Obrigado a todos os 'amigos' que me disseram que o problema era meu, agradeço-vos imenso. O problema não é meu, o problema é que elas não me quiseram conhecer, rejeitaram-me sem sequer me sentir. Vou-me sentir mal porque elas me rejeitam? A minha estima é superior a isso. Ou não devia ser assim? Devia mudar?

Estou farto de sofrer, farto de me questionar sobre o que elas pensarão de mim. A vida é boa para quem sempre foi amado, para quem não sabe o que é ser rejeitado. Porque dói. Ainda, muito.



 
GAMANÇOS
grafitos (3) (no porto)

Foste um bom robot hoje?



 
GAMANÇOS
grafitos (2) (no porto)

A guerra é um negócio
Investe o teu filho



 
GAMANÇOS
grafitos (1)

Queremos mentiras novas




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09.03
10.03
11.03
12.03
01.04
02.04
03.04
04.04
05.04
06.04
07.04
08.04
09.04
10.04
11.04
12.04
01.05
02.05
03.05
04.05
05.05
06.05

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