coisas do gomes
Este é o blogue do Nuno Gomes, mau futebolista mas incrível jogador de campo minado. Se não quiseres comentar publicamente, não hesites em escrever para aulasdeviolino@lsi.pt. Para consultas urgentes, contactem-me no messenger com aulasdeviolino@hotmail.com. Os meus livros para troca.
quinta-feira, abril 29, 2004
 
IMAGENS
branco

Esta foi tirada logo a seguir... Tenho dificuldade em imaginar cena mais surreal. Sorry pela fraca qualidade, eu também detesto o céu em degradé foleiro, vou tentar melhorar.



 
IMAGENS
olmos

Esta é uma foto da casa vizinha à dos meus avós, em Martim Tirado, Moncorvo. Mais especificamente as traseiras, onde existe um jardinzito lindo com olmos. A casa em si também vale a pena, tem um pátio muito engraçado com múltiplas possibilidades. O grande problema reside no facto de este jardim não pertencer à casa, tenho de fazer duas compras. Ou tinha, se fosse rico.



quarta-feira, abril 28, 2004
 
INSTANTÂNEOS
comentários

Subscrevo.



 
INSTANTÂNEOS
microfissuração poligonal

Já muito se escreveu aqui sobre microfissuração poligonal; na realidade, este é um blogue que reflecte, à sua maneira, a sociedade que o envolve. É por existir tanta celeuma e reação negativa advinda da sobrexposição da microfissuração poligonal nos média em geral e neste em particular que proponho pôr um ponto final na questão com a seguinte declaração: a microfissuração poligonal apenas ocorre quando são utilizadas pedras para ferver água. E em mais nenhuma situação. Por isso não tentem pôr palavras na minha boca, referir coisas que nunca disse sobre a microfissuração poligonal.



 
INSTANTÂNEOS
book-crossing

Depois de ter conseguido, a muito custo, cravar uma folha de papel autocolante, estou finalmente pronto a soltar o meu primeiro livro. Tenho dois ou três repetidos, mas só se deve soltar livros que se leu e se gostou. Dos repetidos só li o Amor em Tempos de Cólera, de Gabriel García Márquez. E adorei. O problema é que está emprestado, espero que não esteja emprestadado.



sábado, abril 24, 2004
 
FRASE FEITAS
Mia Couto style

Em terra de cegos quem tem olho é gay.



 
INSTANTÂNEOS
bonsai endógeno

Hoje matei o meu único carvalho. E o que fiz eu? Tranformei-o em bonsai. Claro que ele pode sobreviver, mas nenhuma outra planta sobreviveu nas minhas mãos após a transformação em bonsai. Mas a esperança é a última a morrer...



 
RECORRÊNCIAS
guide-lines

Muitas razões me devem ter levado a criar o blogue. A que me lembro melhor é a de querer escrever. Ter uma razão, uma desculpa para escrever. Porque os temas para escrever estão por aí, rodeiam-nos durante o nosso dia, inala-mo-los quando respiramos, toca-mo-los quando amamos e quando destestamos. Pensei que conseguindo escrever bem sobre coisas banais conseguiria ser óptimo a escrever sobre as coisas não banais que enchem os livros, que constituem a literatura (ou, como me provou Camilo José Cela e o seu magnífico Colmena, escrever sobre as coisas banais pode ser arte). Não sei se consegui estes objectivos: ainda não escrevi um livro e o blogue tem pouco feed-back. Mas o coisas tem tido um resultado que de início me pareceu estranho e redundante mas que agora serve para meu regozijo. Consegui pôr os outros a escrever. Meiles tímidos, comentários prolongados. Os outros e o meu blogue. :)



sexta-feira, abril 23, 2004
 
RECORRÊNCIAS
tracção~peões e biclas

Leiam, é um texto sobre peões e bicicletas.

A publicação deste texto é um passo em frente na sensibilização, mas todos os dias se dão saltos para trás. O plano urbanístico de Espinho previa ciclovias em (presumo) parte das vias, do lado direito, suprimindo os lugares de estacionamento. Esta medida vinha suportada pela construção de dois grandes parques de estacionamento no centro urbano. Os comerciantes não o aprovaram, argumentando que as pessoas precisam de estacionamento para fazerem as compras. Sim, isso é verdade, mas o estacionamento precisa de ser à porta das lojas? Se for desenvolvida a ciclo-tracção, as pessoas passam a ir às compras de bicicleta, como o fazem os dinamarqueses ou os holandeses. Espinho é uma cidade plana como poucas no país. Se não se fizer isto aqui, onde se fará? Escusado dizer que as ruas foram renovadas com estacionamento em vez de ciclovias.

Uma das situações que considero mais ambígua nos comportamentos sociais dos portugueses é 'esta via é muito estreita para o tráfego que tem, devia ter pelo menos mais duas faixas!'. É bastante recorrente acusar os poderes locais de não fazerem auto-estradas mais largas. Ou de não fazerem mais parques e lugares de estacionamento. A resposta é bastante simples: não se devem criar expectativas. Quantas mais se criam, mais pessoas querem levar os carros para os centros das cidades. A população portuguesa já está há bastantes anos estabilizada, mas a população auto-movida não pára de aumentar. E consequentemente os acidentes viários e os congestionamentos. Mais vias e mais estacionamento e mais túneis apenas agudizam o problema.

No outro dia na NTV (Ninguém Te Vê para os couch potatoes) uma repórter entrevistava os condutores de automóveis parados no cruzamento da Sá da Bandeira com a praça D. João I, no Porto. Pediam-lhes soluções para aquele congestionamento. Apenas um teve o bom-senso de dizer que ‘bem, se calhar eu não devia estar aqui, devia era estar num autocarro ou a andar a pé.’ Todos os outros diziam barbaridades como ‘deviam era pôr os passeios mais pequenos’ ou ‘isto assim não dá, principalmente com estes autocarros aqui no meio’. Um chegou ao cúmulo de dizer, com ares de conhecedor, que ‘sabe, o grande problema é os cruzamentos serem de nível. Se fossem utilizados túneis…’. Isto no centro da cidade. Sim, por acaso, não era má ideia… Uma cidade com todos os cruzamentos desnivelados. Já fiz igual no Sim City

A próxima missão do vosso Cavaleiro Para A Boa Disposição Urbana preferido será visitar os serviços de planeamento urbano da câmara da Póvoa. Já tentei, mas fecham às 3! Como é possível? Quero perguntar-lhes se vão fazer ciclovias em duas grandes vias que estão a ser planeadas/executadas neste momento, a Via B e a renovação da Avenida Mouzinho de Albuquerque. Espero que sim...



 
CRÓNICAS
carnaval em Viseu III

Nunca mais acabo isto… Ainda há uns dias fui ameaçado pela Mafaldinha para a incluir nas minhas crónicas. A Mafalda foi a minha anfitriã em Barcelona. Outra coisa não poderia ser, ela praticamente exigiu a minha presença no apartamento. Eu ficava no quarto do alemão-ausente-na-neve, a Carlinha ia para casa da alma-gémea. Sim, a Carlinha tem um amor inconfessado em Barcelona, a Glória. Só não é um amor físico porque nenhuma delas é abichada. Senão era um ver-se-te-avias.

A Mafalda andava com aulas e afins, não podia dispensar todo o tempo que desejaria para me acompanhar. Optei pelo inverso, acompanhá-la às aulas, para ver o que dava. Conheci a faculdade, bem fora da cidade (Vallés, com acesso por suburbano). Passei, obviamente, a parte gorda do tempo a focinhar na biblioteca, babado por um projecto da Sejima. Paredes de dezasseis centímetros, meu Deus! Conheci os parceiros de trabalho da Mafalda, andei a perseguir um passarito pelas enormíssimas salas de aula, e pouco mais. Outros dias ia ter com a Carlinha e a Glória para dar umas voltas. Visitei essencialmente que falhei das outras visitas, como a Batló, o Camp Nou ou a Caixa Fórum (aqui estava uma exaustiva, completíssima e bestial exposição do Dalí. E grátis). Não voltei à Sagrada Família, talvez a visite daqui a uns anos para ver os avanços. Também não fui ao Fórum, a mediática 'Parque Expo' de Barcelona. Se em Setembro a Expo se mantiver vou lá. Noutro dia fui às Ramblas ver um insignificante jogo da Liga Inglesa a um pub,… Não tinha muito que fazer, o que querem?! Houve um dia giro em que pus o meu avental de cozinheiro e assumi a identidade do chef Zé Manel para fazer uma das minhas especialidades, fêveras com natas. Uma delícia, convidados satisfeitos, o Barça ganhou. Tantas coisas, tão pouco jeito para contar. Aprendi umas coisas engraçadas. O dia da Catalunha é o 11 de Setembro. Uma parte substancial dos grandes jogadores do Barça eram bascos. Na Espanha não existe Primeiro Andar e Segundo, mas sim Entresuelo e Principal. O que é tramado para as costas, a Glória morava num 2º piso, que em português significa 4º andar. Também descobri que Barcelona é a cidade mais atrevida e agradável do mundo e o Barça a equipa com mais mística. E que a Catalunha é um PAÍS lindo. E que Setembro parece uma data tão longe para lá voltar!

Mongar é bom, e com uma cidade daquelas como pano de fundo...



terça-feira, abril 20, 2004
 
ESQUIZOS
conclusões

Pedro Polónio
Psiquiatria Forense
Coimbra Editora
Lisboa_1975


O esquizofrénico vive uma realidade própria: -“eu é que sou normal!”

-Eu e o meu fantasma. O meu eu interior.

A esquizofrenia é hereditária, mas apenas em ¾ dos casos ela se manifesta.

Em 85% dos casos existe auto-relacionação, um estado especial em que os doentes referem tudo a si próprios, quase sempre de um modo pejorativo.

Um tímido tem medo de entrar num bar porque pensa que vão estar todos a olhar para ele, apesar de saber que não estão. Um esquizofrénico não o sabe.

A maioria dos esquizofrénicos não é dado à delinquência, mas mais à vadiagem. Um esquizofrénico trabalha muito mas rende pouco e quando é despedido dá-lhe para a vadiagem, mas não para roubos.

As alucinações e o delírio podem surgir, assim como também podem surgir noutra doença mental qualquer.

As alucinações mais vulgares são auditivas, visuais e cinestésicas (movimento).

A paranóia é uma loucura lúcida. As pessoas, no entanto, não são loucas.

A esquizofrenia catatónica (alterações psicomotoras, hiper e hipoactividade) é a causa de delinquência.

Outras características como os maneirismos, gestos bizarros e estereotipias (estar muito tempo na mesma posição) não levam à delinquência.

Tem importância a agitação psicomotora destruidora e o chamado rapto catatónico (agressão brusca e não motivada, mesmo contra amigos).

Os hebefrénicos dão-se a alterações de afectos ou mesmo à sua inversão. Podem ter risos néscios sem justificação aparente ou ser pessoas desinteressadas, vazias de afecto. No último caso vadiam sem destino, sem cuidar de si, sem se lavar, mal arranjados.



 
IMAGENS
sol-do-pôr

Esta seria apenas mais uma banal foto de pôr-do-sol, não fosse esta a minha cidade querida, e apenas por isso nada banal...



 
FRASES FEITAS
o melhor

És sempre o melhor até que alguém te bate.



segunda-feira, abril 19, 2004
 
INSTANTÂNEOS
dia ocupado

Dia de arrumações. Vou agora para o Pocinho.



 
ESQUIZOS
hipótese (2)

Uma cascata de flores desce sobre ele. O sol revira-se no céu, e rebrilha no azul celeste dos seus olhos. A sua cara recebe os raios do estio da felicidade. Os seus braços nus convidam para a dança, um corropio esvoaçante de ondas e ventanias. A sua cara muda, como os montes ao passar uma nuvem. Estremece de um frio feliz, agoniza com um calor triste. As estações passam por ele, as flores brotam no seu cabelo, desbrotam para frutos e folhas, que amarelam e caem. A sua cara desvanece a sua dor. Goza, e quando ri os pensamentos rolam e morrem. O riso chora-se por dentro, a cor muda e a vida sai-lhe. A sua cara infantil cheira a velho, sentimentos idosos em face nova. Abriga-se da chuva torrencial que lhe brota dos olhos, a sua dor exterioriza-se no ar. De humidade relativa a terror absoluto.



 
ESQUIZOS
hipótese (1)

Cena 1

Pedro lavando os dentes

Quarto-de-banho de apartamento com maus acabamentos, uma ventoinha sempre a zunir e com o chuveiro a pingar. Poucos azulejos ainda inteiros, espelho de plástico a desprender-se da parede e tecto preto na zona do chuveiro.


A espuma eterniza-se no canto da boca, começa a acumular-se. Pedro lava os dentes como quem olha o infinito, mas com ritmo, cima, baixo, trás, frente.

Então vê um cabelo bem à frente dos olhos. Fita-o. Muito tempo. Olha para baixo para uma das mãos, está a segurar a escova, roda a cabeça para a outra, está a segurar o dentrífico. Mira as duas então. Algum tempo. Fita outra vez o cabelo. Mais um bocado passa.

O telefone começa a tocar, Pedro entra em pânico, larga a escova e o dentrífico, ao abaixar-se olha de novo para o cabelo, levanta a cabeça bruscamente como quem empurra o cabelo para trás mas bate com a cabeça no lavatório. Senta-se de cócoras, sempre a agitar o tronco de trás para a frente, como um bebé com birra. Põe a mão no cucuruto, sente o sangue quente a encher-lhe a mão. Fita a mão cheia de sangue, assustado com a sua própria fragilidade ou mortalidade. O telefone pára de tocar, ele pára de agitar o tronco e pousa a mão. Vários segundos passam.


Cena 2

Telefone

Telefone na zona comum do apartamento, num móvel perto da entrada com cadeira incorporada. Pedro nunca se senta lá, parece-lhe idiota, fica sempre de pé inclinado sobre o telefone, de modo que quase não se vê a sua cabeça. Luz coada e centralizada na sua cabeça, que revela alguma da sua calvície.


Aí começa a tocar de novo. Pedro vai apressadamente atender. Gomes, Pedro. Quem fala, por favor? Era o seu chefe, queria horas extra no dia seguinte, tinha de preparar um dossier para um projecto e ir entregá-lo em mão a Lisboa. Pedro balbucia que não é sua função expressa fazer trabalho de correio, o chefe finge não entender, até amanhã Pedro, Pedro continua o discurso que nesse dia não podia, que ia perder o seu curso de inglês qu era já a terc…, o patrão responde com um click.

O sangue já tinha enchido o auricular. Pedro não parece reparar, o seu olhar ainda parece fitar o chefe de um modo ameaçador. A mão esquerda em punho, quase a partir a gilete. O sangue toca o chão.


Cena 3

No trabalho

Pedro detesta o sítio onde trabalha e o seu chefe. Escritório de terceira categoria, chão de azulejo cinzento com marcas de anteriores utilizações, beatas por todo o lado, hciruZ colado nas janelas para o lado de fora. Rua de subúrbio, entre prédios e mais prédios rua de casas de trabalhadores de antiga fábrica de material militar. Nalgumas das casas ainda há viúvas e antigos trabalhadores.


O chefe está bem disposto, assobia, olha o rabo da sua secretária ostensivamente mesmo depois de ela se levantar e reparar. Pedro faz o seu trabalho no seu canto, tem de rever os números numa apólice e antiga e cruzá-los com uma apólice nova. Já o fez muitas vezes, esta parece-lhe custar mais.

O patrão recolhe o seu casaco e acendendo o seu charuto, diz a Pedro que o último comboio para Lisboa passava às nove e meia, que não se atrasasse. A secretária já tinha saído faz umas horas. Começa a conversa com um sorriso, vais ver que corre tudo bem, entregas isso que é muito importante e mais este embrulhito, vais ver que corre tudo bem, repetiu. Então aproximou a sua boca da orelha de Pedro e diz-lhe, devagar mas concisamente, enganas-te e os meus meninos fodem-te, percebes? Percebes? Então remata a conserva com outro sorriso, vais ver que corre tudo bem.

Saiu a bater a porta. Pedro desfaleceu, com cara sobre o sobrescrito, com o corpo cheio de suores frios. Quando recobra os sentidos já era quase hora do comboio, agarra o que tinha de agarrar e corre para a estação.


Cena 4

Na rua

Rua a descer da Baixa de Lisboa, vento a correr e pessoas a deixar o lixo na rua, já tinha começado a novela e havia muitas janelas com luz, mas Pedro era o único a andar na rua.


Chega à Praça da morada que lhe indicaram. Dois polícias entram na Praça por uma rua mas logo saem por outra, tempo suficiente para Pedro se sentir ainda mais friorento. Tinha acabado a apólice no comboio, estava tudo correcto e devidamente assinado. Parou a olhar para uma folha que se tinha desprendido duma árvore, fica uns segundos a olhar para o chão, quando levanta a vista para ver a árvore de onde se tinha solto a folha vê uma figura em perfil que o olha de um prédio com as luzes todas desligadas menos aquela. Agarra os documentos no peito e segue para a morada indicada.



 
CONCORRÊNCIA
toda eu sou rima de ti.

A melhor frase em blogues do último mês, ou algo assim.



domingo, abril 18, 2004
 
CONCORRÊNCIA
Buck

Porque é que ela escreve sempre os textos que eu desejaria ter escrito?



 
FICÇÕES
S|AID|A

Esperar por algo consegue ser uma das minhas actividades favoritas. Já me disseram que sou fácil de entreter. É verdade. E estar à espera consegue ser, na maior parte das vezes, a melhor parte do dia. Ganha-se outra noção da realidade apenas pela melhor compreensão do espaço ou das pessoas que nos rodeiam. Soltamos a mente de anteriores preocupações e apenas esperamos. E enquanto o fazemos aprendemos.

Esperar meia-hora pela partida do comboio do Pocinho comprovou a regra. Sob o símbolo "POCINHO" aparecia escrito "SAIDA", no arco que encima a porta. Como em qualquer outra estação portuguesa neo-assim-assim esse arco tem uma chave, um elemento que o remata. O S e o A de "SAIDA" estão escritos sobre o arco, enquanto que o resto da palavra está sobre a chave.

Consigo facilmente imaginar um forasteiro que não sabe onde é a "SAIDA" da estação e está preocupado porque pode perder o autocarro para Foz Côa. Passa uma vez e apenas vê "SAID" sobre a porta, porque o A fica invisível se for visto apenas de um dos lados. «Que giro, devem ter uma pequena biblioteca e ainda assim uma secção dedicada a EDWARD SAID. Bestial, nunca pensei que houvesse em Portugal tanto interesse na situação política do Médio Oriente.»
Passado um bocado, vindo da direcção contrária, ollha outra vez para o topo da porta. "AIDA". «Incrível! Também existe uma fonoteca, e tem uma secção dedicada à AIDA! Quem diria que o Verdi é tão popular por cá! Mas onde raio é aquela SAIDA?...»
Passado dois bocados, completamente derreado, o forasteiro já tinha esquecido a camioneta e apenas pensava em sair vivo daquele sítio diabólico. Pára em frente da mesma porta e agacha-se para recuperar o fôlego. Quando levanta a cabeça repara outra vez na frase sobre a porta, "SAIDA". «Hã, é isto! AID! Aqui devem-me poder ajudar!»



sexta-feira, abril 16, 2004
 
INSTANTÂNEOS
a cor da vinha

Esta foi a semana em que a vinha começou a ganhar folha. Os montes cor de terra tornam-se agora um pouco mais verdes.



quinta-feira, abril 15, 2004
 
FRASES FEITAS
jogos

Acho que os jogos de computador são a mais eficaz perda de tempo que existe.



quarta-feira, abril 14, 2004
 
GAMANÇOS
por baixo das ilusões

“O Algarve tinha recantos lindíssimos que poderiam ter sido poupados, não fosse a triste ideia de construir sobre as falésias, sobre a areia, sobre o mar; como se, para melhor desfrutar de uma paisagem, os forasteiros tivessem que viver dentro dela, destruindo-a. Um absurdo idêntico a, para melhor observar um quadro, ter de o tocar repetidamente com as mãos; ou, para melhor sentir uma orquestra, a assistência passear-se ruidosamente entre violinos e fagotes, impedindo-os literalmente de tocar...» Nuno Pacheco Público, 22_07_93, pp.3

Para o Jorge, e para todos os outros .



 
AMIGOS
respostas directas

Resposta a isto pela Susana, amiga e confidente.

"Domingo, Março 07, 2004

INSTANTÂNEOS
sentir nada e não sentir tudo

sentir é um fenómeno que dá sentido à vida.
sem sentir o acto é irreflectido, falso, sem sentido. um acto que nada sente é relativista da razão humana. a forma de protecção do nosso ego é não sentir tudo. uma película que nos envolve, película amórfica e elástica, tão flexível como a emoção. aquela que permite sentir, sentir nada e não sentir tudo. que controla a intensidade do impulso e o impulso controla a vida. o Controle da minha vida é um Controle do coração?
saber qual o momento certo, qual a exacta frequência energética a ser transmitida quando nos expomos ao outro é subjectiva. existem tantas variantes que influenciam o momento, que nos deixam receosos quanto a um futuro.... retórico, como tu.as Dúvidas são inseguranças? a sociedade, tal como a filosofia, deixam-nos na dúvida ideológica, revela-se na insegurança que deturpa personalidades e fere caracteres. a dignidade é ofendida e recorre-se ao isolamento. as Certezas são satisfação? a existência do eu como única verdade relativa, potencial extraordinário na restruturação do ego. a satisfação é assim atingida. o Contacto é Afastamento? e novamente o altruísmo... desclassificado?... um altruísmo imaturo que se julga receptível, mas tudo para se auto estimular. age em função dos objectivos do ego sem padecer mas também sem perturbar o outro. esta é a razão de tal classificação. é somente um disfarce, uma postura social, um artista de teatro. o Contentamento é Dor? e quando se alcança, o contentamento é dor.
não há tempo para reflectir, aprofundar valores. recorre-se ao senso comum como alternativa preconcebida, contudo cheia de preconceitos e relativisante do poder do pensamento. sem tempo, tal como sem sentir (acto irreflectido). o tempo tem uma frequência diferente daquela que nos foi imposta. hora minutos e segundos, não passam duma abstracção, que anda longe do verdadeiro relógio interno. este acelera e atrasa sem pilhas ou sem corda. existem factores externos diversos que aparecem sem tic-tac. leva-nos à opressão do ego, ridiculariza o cenário em que encenamos, deixa o nosso quarto às avessas, procuramos o medico todos os dias e chega-se a consumir valores extraordinários de nicotina. o Tempo nas mãos é Tempo perdido? quando o tempo urge, um minuto não passa de um instante, e qual é a medida exacta desse instante? 60 segundos?
quem fala em aproveitar o tempo, como quem aproveita dinheiro?! leva uma vida sumitica, agarrada a uma realidade inventada. com horários de trabalho, horas para comer e o que comer em cada hora, horas aconselhadas de dormir.... o Escuro é a Morte? se há dia também tem que haver noite e no escuro muito pode ser revelado. se não há tempo, faz-se tempo a receita existe, mas não há quem tenha tempo para aprender. custa deixar a rotina afrodisíaca para uma leitura pausada e atenta da receita do elixir da vida! a Beleza é Fúria?


as Palavras são Significado? o que conta é a intenção.
beijinhos
sushi"



terça-feira, abril 13, 2004
 
LEITURAS
adiar o adiável

Comecei a ler Terra Sonâmbula do Mia Couto. Ia escrever um texto porreirinho sobre o Colmena mas perdi o pedaço de papel de restaurante onde tinha escrito os tópicos. E como destesto fazer a mesma coisa duas vezes vou adiá-lo para as calendas. E vou acabar este texto com uma vírgula já que não usei nenhuma neste texto,



 
FRASES FEITAS
velho

Comecei a sentir-me velho no primeiro dia em que me trataram por você.



 
PORTUGAL BOM
Ach. Brito

Quando era mais pequeno do que agora ia sempre ao Porto de comboio. Às vezes saía na Boavista quando queria ir ao Brasília ou a outra idiotice qualquer da altura, e reparava sempre numa casa na Avenida de França que dizia Ach. Brito. Apenas, sem mais explicações. Nessa altura não ligava muito. Uns anos depois, quando comecei a ter "amigos" que "fumavam drogas" comecei a rir-me do título. Axe Brito! Que parvos!, pensava eu. Vendem drogas ali dentro? Ah HA ah HA. Mais hilariante ficou a piada quando descobri o que era a Ach. Brito. É uma conceituada empresa de artigos de higiene pessoal. Requintadíssima, vendida nas melhores lojas de Nova Iorque e afins. Até o Nicholas Cage tem Ach. Brito no seu WC.

Aí ficou ridículo. A Axe Brito é uma empresa de sabonetes? Já parece a história do Dove...



 
INTANTÂNEOS
ovo

Hoje fiquei na cama a manhã toda. Não por sono, não por cansaço, mas por birra. Já que trabalhei todos os dias em que os outros não trabalharam, hoje não trabalho eu! Levantei-me lá para a meia-hora, consegui assustar a mulher do Jorge e o Vasquinho e não consegui tomar banho, depois de uma hora de tentativas. Mas antes do banho tive direito ao meu habitual pequeno-almoço debaixo do reboliço das andorinhas. Elas não fogem comigo presente, apenas vão esvoaçar um pouco para mais longe, algumas arriscam aproximar-se dos ninhos mas voltam a fugir sem sequer entrar. Mas uma furou a tradição e decidiu entrar num dos ninhos (curiosamente um ninho feito este ano, e ainda por acabar). Então começaram a chover coisas, catotas insignificantes, pensei eu, um ou outro dejecto. Mas não. O que a andorinha estava a fazer era mesmo limpar o ninho. Caíram pedaços de musgo, antigos cócós, até que cai um ovo! Bem à minha frente! Estaria a andorinha tresloucada pelo invasor e, que nem os judeus que se suicidaram para não se sujeitarem aos romanos, e decidiu sacrificar a prole? Ou aquele ninho não era dela, e seria pura inveja?



 
INSTANTÂNEOS
quarto impec

Ontem limpei o meu quarto pela primeira vez. Bem, deve ser um quarto novo, pensam vocês, só agora começou a ganhar pó, etc. Mas não. Limpei o meu quarto pela primeira vez NA VIDA. Já tinha dado varridelas, uma ou outra esfregonadela, mas nunca uma limpeza como a de hoje. Primeiro tirei tudo do chão; depois pus água e detergente no balde do esfregão e dei-lhe valente. Não sobrou nenhum cantinho, nenhum germe por eliminar. Matei bichos, anacletos, pêlos e catotas. Eu passo a explicar: na Póvoa sempre houve empregada ou a mamã; no primeiro ano do curso morava com uma família que limpava tudo; e nos outros anos do curso havia a Dona Isabel. Aqui no Pocinho há empregadas uma vez por semana, mas deixei de ter coragem de lhes pedir para limpar o quarto, já muito sofrem, coitadas.



segunda-feira, abril 12, 2004
 
INSTANTÂNEOS
eco-desastre

Ok, afinal não foram 351779313547 folhas com erro. Foram só as que tinham plantas, ou seja 6. Vou imprimir de novo, o santo padroeiro da ecologia vai ter de me perdoar.



 
INSTANTÂNEOS
raisparta (3)

Ok, para não variar escrevi os anteriores raisparta a correr e sem medir bem as palavras. Vou escrever de novo: quem vier ao coisas com frases incendiárias, quem não tentar ou não conseguir ser construtivo, enfim, alguém como o t., e mesmo assim não assinar condignamente, tem de deixar um meile válido ou endereço de página válido. Isto se quiser resposta minha. Mas mesmo assim não garanto.

Acho que assim faz mais sentido.



 
INSTANTÂNEOS
perdi o norte

Acabei de mandar imprimir 351779313547 folhas com o norte a apontar para o Sul. Espero que ninguém note. Ou melhor, espero que ninguém norte.



domingo, abril 11, 2004
 
INSTANTÂNEOS
o grande malho da Páscoa

À saída da casa dos papás, vindo do almoço de Páscoa, enchido com borrego e vinho alentejano e sobremesas em exagero até mais não, mandei valente malho. "Não beba quando vai conduzir a bicicleta", devia dizer o anúncio. Ou "não tente sacar cavalos ao saltar do passeio para a rua depois de ter bebido", devia dizer o anúncio. Fiquei a saber que o volante da minha gazelha está solto, que o dínamo ficou solto e que a lâmpada ficou fora de sítio. Mas não dá para levar a mal, é Páscoa (peraí, isso não é no Natal?).

Pena foi os dois casais bem do outro lado da rua, com ar de quem não anda de bicicleta há muito e as detesta porque afugentam os cães. Bem, as palmas das mãos só ficaram um pouco mais rosadas e apareceu uma pintinha vermelha na mão direita, que absorveu grande parte do impacto.

Não, Costa, digo malho como quem diz tralho ou queda. Não estou a falar de mulheres



 
IMAGENS
chuva no vidro

Esta foi uma imagem que criei para a mailing list do meu curso, o abrigo-da-chuva.



 
RECORRÊNCIAS
festa!

O Natal e a Páscoa... Bem, para mim o Natal vem seguido do Ano Novo, à distância de uma semana. Ou seja, se o Natal calhar numa sexta o Ano Novo também calha numa sexta. São sempre seis oportunidades de sair em duas semanas. A Páscoa significa poder sair três dias seguidos na mesma semana. E é isto que são para mim as duas maiores festividades cristãs.



 
DEFEITOS
pigmeu peludo

Ok, eu sei que não costumo estender-me muito nos posts. Acho que a maior parte dos meus leitores ainda não percebeu porque tenho um tema chamado DEFEITOS. Ainda não perceberam a minha catarse, a minha vontade de mudar. Ainda não perceberam que o coisas não é feito para conquistar ninguém. O coisas é um escape, são um monte de desculpas que invento para escrever. São textos que ficam para os leitores se entreterem, mais do qualquer outra coisa.

Já estou a engonhar, aqui vai.

Eu sou muito peludo. Conhecem o Dany DeVito? Peludo e baixinho? Ok, eu sou mais alto e mais peludo. Tudo mais. Apenas menos conhecido. Deixo pêlos por todo o lado, tenho pêlos em todo o lado. Agora que tenho a minha casa e posso fazer experiências consigo comprovar que um quarto-de-banho apenas usado por mim se enche de pêlos em pouco tempo. Eu tento compensar, tento limpar a banheira depois de a utilizar, tento catar os pêlos dispersos. But it’s useless, nunca hei-de mudar. Este levo-o para o túmulo.



 
RECORRÊNCIAS
sonhos

Tenho já há algum tempo a ideia de criar uma empresa na minha casa, assim como o meu brou criou na casa dele. Tenho espaço, tenho vontade, tenho amigos. Ao mesmo tempo, a ideia de criar uma 'firma de arquitectura' peca sempre pela redundância; o que tenho pensado mais é numa 'agremiação de artistas' ou numa 'associação livre e polivalente' que tenha como base a arquitectura, mas que abranja outra áreas das artes como a cenografia, a arquitectura de interiores ou paisagística, o design ou o web-design, com pessoas de diferentes campos mas todas a trabalharem em conjunto. Precisava de pessoas de outras formações que não em arquitectura e que soubessem trabalhar em conjunto. Pessoas amigas, de preferência, a única maneira de funcionar em grupo.

Problema nº1: só conheço pessoal de arquitectura.

Problema nº2: a única pessoa com quem falei, o meu amigão Mika, também é arquitecto. Novos amigos não vão brotar do vácuo. O que fazer então?

A ideia de criar uma empresa com um conceito diferente do normal nasce da minha constante busca da irreverência, mas também duma constatação bastante pragmática: que garantias tenho eu de sucesso com um conceito de atelier convencional? Nenhumas garantias, certo?

Ah, e o sentido de humor é essencial. Se os nossos projectos não prestarem, podemos sempre rir deles. Mr. Fung rules!



sábado, abril 10, 2004
 
CRÓNICAS
carnaval em Viseu III

Hum, tenho de acabar isto quanto antes, já chega de atrasos. Hoje vou falar-vos da minha estadia em Barcelona.

Já fui várias vezes a Barcelona. A primeira há quatro anos, três dias, a segunda há dois anos, 3 horas, a terceira em Setembro, dia e meio. Todas estas estadias (incluindo a de três horas) foram frutuosas, foi tempo bem gasto, sempre a explorar, sempre a descobrir coisas novas. Desta vez estive mais tempo a mongar ou a dormir que outra coisa. O estranho disto é que gostei! Como já vos tinha dito (ou não, não importa), fiquei na casa da Mafalda (ou myfalga ou myfralda ou mafralda, depende da disposição) (já vos disse que ela é a minha melhor amiga? é verdade), que fica na Gràcia. Sim, eu sei que Barcelona é o Ensanche, é a projecto do Cerdá, são os quarteirões todos iguais com os cantos cortados. A Gràcia (que é anterior ao Ensanche, obrigado Mafalda) não é nada disto. Do Ensanche mantém talvez a ortogonalidade, pouco mais, a densidade será semelhante, os prédios são mais baixos mas as ruas mais estreitas. Se o Ensanche é modernidade, é a Barcelona do postal, é a Catalunha, a Gràcia é um bocado mais Espanha, um bocado mais desordenada, mas muito mais vivida. A minha definição de cidade. Ruas estreitas e iguais desenbocam em praças e pracinhas e pracetas, que se vão sucedendo uma a uma, num ritmo desigual e por isso ainda mais humano. Poucos carros, muitos peões e bicicletas, muita vida e lojas e estações de metro e um pouco de tudo, e tudo perto. E árvores nas praças, e bancos e quiosques, gente a passear e nenhuma pressa em chegar aos sítios, apenas gosto de viver. Tudo isto dentro de uma cidade cosmopolita e grande como Barcelona não é nada comum. Quando se anda neste pedaço de cidade, quando a rua acaba e se entra em mais uma praça, tem-se a ideia duma aldeia, um sentimento de vizinhança que se entranha facilmente. Nasce a vontade de fazer parte daquilo tudo, de fruir sempre daquela cidade com tanto para oferecer e tantas pequenas e grandes surpresas. Tenho de arranjar uma desculpa e ir viver para Barcelona, quanto antes.



 
INSTANTÂNEOS
influências

Parece estranho quando acabo de escrever qualquer coisa e reparo que é parecidíssimo com uma coisa algo que li há pouco tempo. Acho que é bastante natural, ler dá vontade de escrever. O que se lê dá origem a escritas diferentes. A história do Eça faz-me lembrar mil contos que já li do Luis Fernando Veríssimo. Não copiei nada, não o escrevi a pensar nisso, mas ele influenciou-me, não há dúvida.



sexta-feira, abril 09, 2004
 
LEITURAS
como água para chocolate

Já despachei o Colmena (abençoadas viagens de comboio!) e comecei hoje a ler Como Água para Chocolate, da Laura Esquivel. Não me parece promissor, aparenta ser mais um livro de gaja para gajas (inventei agora, mas soa mesmo bem). Bem, desejem-me sorte.



 
MOCAS
lista de listas

Hilariamente organizado como sou, tenho uma lista de 'things to do' em permanente actualização. Primeiro vêm os mt importante, seguido dos importante e finalizado pelos tempos livres. Algures no meio aparecem livros, a secção de livros a comprar ou a pedir emprestado. O incrível é que a secção com mais entradas e saídas é sempre a dos tempos livres. Há coisas que estão nos mt importante desde que comecei a fazer as listas e ainda não saíram de lá. O portefólio é uma delas...



quinta-feira, abril 08, 2004
 
INSTANTÂNEOS
danadinhas

Curioso, o jardim do vizinho tem exactamente as mesmas plantas daninhas que o meu. A questão é: quem copiou quem?



terça-feira, abril 06, 2004
 
FRASES FEITAS
piadas

Gosto das mulheres que se riem das minhas piadas, mas não gosto das que se riem das piadas todas.



segunda-feira, abril 05, 2004
 
NÃO-DEFEITOS
aniversários

Começo a fartar-me das bocas "amigas" chamando-me insensível ou 'homem!' quando digo que 'nem me lembro do aniversário do meu pai, quanto mais do aniversário dos meus amigos!'. Na realidade isso não fazia parte das coisas que considerava importantes na minha vida.

Mas há umas semanas comecei uma lista profissionalíssima no outlook com aniversários de todagente e acontecimentos ao longo do ano. Não para evitar bocas, mas por mim. Começo a ganhar o gosto de telefonar a um amigo no dia do seu aniversário sem que alguém me avise. Mas que fique registrado, isto não me torna mais sensível ou mais amigo, mas apenas mais informado.



 
INSTANTÂNEOS
suíça banal

Rapei ontem parte das suíças. Enganei-me de uma forma tão chocante que não dava para remendar, dei um corte bem no meio da minha suiçona comprida e esguia. Ok, durante uma semana vou ser o senhor Suíça Banal. 'Prazer, como se chama?' 'Arnaldo, como está? E o senhor, como se chama?' 'Eu? Hum, Suíça Banal.' 'Suíça Banal, que nome curioso. Mas porquê?' 'Ouve, Arnaldo, não mirrites, percebes!? É uma história compriiiida...'



domingo, abril 04, 2004
 
OBRAS
ligações e temas

Incluí agora (finalmente) as ligações aos meus blogues favoritos, e comecei a catalogação do coisas inserindo os 27 temas que organizam os meus posts. Como não sei fazer funcionar a parte dos temas, vai ficar em standby até que alguém me explique.



 
TRADUÇÕES
asneiras (2)

Mais uma pérola do intercâmbio luso-finlandês: chás (chá no plural) diz-se, em finlandês, teta (teeta). Conselho de amigo, quando estiverem com um finlandês (que também perceba um bocadinho de português) não lhe digam que o rei deles tem uma bela mansão de madeiras nórdicas e uma também bonita coleção de chás orientais, porque senão sai algo como fbnsfwufreufsfsf sfs sfs fsf saf coninhas fs fjvcdsvs vc ds fsvf puta msbfvdsjvbfjbvjfbvj teta. Ainda criam um incidente internacional, e com os finlandeses não se brinca.

Bem, nós podemos não ter rei mas ao menos não é coninhas.



 
INSTANTÂNEOS
eu estava só a ver um filme e...

Sabem o que é deprimente? Deprimente é estar constantemente a olhar para o telemóvel à espera de ver lá uma mensagem ou uma chamada não atendida. Deprimente é verificar as minhas contas de meile de hora a hora. Deprimente é estar sempre a ver se há comentários novos no blogue.

Estou à espera de quê? O que ainda não aconteceu na minha vida?



sábado, abril 03, 2004
 
INSTANTÂNEOS
raisparta (2)

Ah, já me esquecia. OU escrever coisas imbecis sem nexo, quer por displicência quer por falta de arte (aliás, a razão nem interessa).

E isto já foi atenção a mais da minha parte.



sexta-feira, abril 02, 2004
 
RECORRÊNCIAS
raisparta

Afirmo e reafirmo: quem comentar os meus posts e não se identificar correctamente OU não deixar e-mail OU não deixar a página pessoal não recebe atenção minha. Tenho dizido.



 
INSTANTÂNEOS
neve

Cai neve no Alto de Espinho. Mas aqui faz sol! Vai ser uma vigem gira, vai. Não me posso esquecer de levar o gorro.



 
NEGAÇÕES
moradas

Sim, eu sou nortenho. Sim, eu tenho pronúncia. Sim, Lisboa parece-me sempre uma terra bem, bem longe... E, sim, eu sou preconceituoso. Mas gostava que alguém me explicasse qual é a ideia das pessoas que põe anúncios no jornal para a Loja das Malhas de Senhora Madura ou da Virgin Megastore 2 e põe como singela morada "Rua do Ouro, 2ºesq.". Mais nada. Deve o cidadão comum deduzir que se trata de Lisboa? Se calhar essa é mesmo a dedução correcta já que quando se trata de algo em Lisboa eles esquecem-se de pôr a morada. Como se os 10.2 milhões de portugueses lá morassem. Até entendo como convenção não pôr o nome da cidade quando se trata de Lisboa, mas e o pessoal do Norte? E o Porto? Assim ficamos chateados...

A título de exemplo, nos últimos tempos têm surgido anúncios no jornal sobre conferências de arquitectos famosos na Universidade Lusíada. Mas qual Lusíada? Lisboa? Porto? Não será a de Famalicão? Luanda, talvez? Pelos vistos era mesmo a de Lisboa, vim a descobrir depois. E faziam video-conferência para a do Porto. Como não dizia nada no anúncio, não fui. Perderam a minha valorosa presença! Aposto que, se soubessem que eu não sabia, tinham feito diferente.



 
POESIAS PERDIDAS
mariposa

És tu, ó mariposa,
Que perscutas os céus da noite escura
À procura daquela luz esplendorosa
Que te cure a sede e a secura?

És tu, ó indigente,
Que procuras uma luz com grande pressa
Fingindo ter sentimentos de gente
Quando qualquer uma luz interessa?

És tu, ó pretenciosa,
Que não pretendes a luz partilhar
Afugentando qualquer outra mariposa
Querendo ter à beira dela o teu lugar?

És tu, ó cega,
Que não vês qualquer diferença
Entre a luz que o teu amor nega
E as luzes que o teu amor sente?

És tu, ó ignorante,
Que não vês que nada combina
Entre a tua mais nova amante
Ou a tua mais velha comcubina?

És tu, ó esquecida,
Que mal chega a noite exasperante
Tentas achar aquela paixão perdida
Por esta vida de amor errante?

7 Julho '97



quinta-feira, abril 01, 2004
 
FRASES FEITAS
saudação

Então, estás boazinha ou estás boazona?



 
FOTOS
o homem invísivel

Durante as férias do Carnaval descobri que o homem invísivel trabalha nas obras, em Veneza. E que anda nu.



 
FRASES FEITAS
todos me dizem que...

Todos me dizem que um homem não hesita, e que quem é grande não duvida. Ter dúvidas não é ser pequeno, é estar em constante crescimento. Quem não duvida não pensa, quem não pensa não EVOLUI.

Todos me dizem que ter tomates é partir para a violência, e que tentar dialogar com alguém é estar a ser fraco. Sabem, a violência leva apenas a mais violência. O difícil não é ser violento, é ser RAZOÁVEL.

Todos me dizem que a coisa mais generosa e desprendida que existe é o amor. Mentira. Quem tem alguém não gosta de estar sozinho. O amor pode ser o sentimento mais EGOÍSTA.

Todos me dizem o que é melhor para mim. Hum, engraçado, eu não faço a mínima ideia do que é melhor para ELES.

Todos me dizem ‘que mau que foste, a criticar assim a pobrezinha’. Criticar não é querer mal, é ajudar a MELHORAR.

Todos me dizem que ser homem é lutar pelos MEUS direitos. E pelos direitos dos outros, quem luta?

Todos me dizem que se és atacado, deves atacá-los ainda mais. Isso é apenas dar razões aos outros para reagirem pior. Ser GRANDE é dar o exemplo.

Todos me dizem que só deus perdoa e pedir desculpa é reles. Nada disso. Qualquer um desculpa, mas ser homem é saber dizer PERDÃO. Não há nada mais difícil.




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